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“A Anita e a globalização” podia bem ser o título do episódio de hoje do Anita no Trabalho, no qual vamos ao encontro de uma francesa-alemã, que se deixou cativar pelo nosso Alentejo e assentou arraiais numa típica vila do interior, partilhando o seu conhecimento e paixão por arqueologia com locais e turistas, promovendo a faceta improvável de melting pot da vila de Arraiolos.
Não surpreende completamente quando se sabe que é a mais nova de 5 irmãos… a resiliência, força de vontade, independência advêm também daí.
Com um percurso académico e de investigação na área de arqueologia, a nossa convidada viveu a maior parte da sua vida em Portugal, dedicando-se, na última década, ao estudo da arqueologia no Alentejo, tema, em 2008, da sua tese de mestrado e que voltou a ser tema de eleição na tese de Doutoramento que defendeu em 2012 na Sorbonne.
Se tudo isto não era prova da sua paixão, a decisão de lançar um projeto de turismo cultural na região, que combina as paisagens irresistíveis à riqueza arqueológica e histórica, não nos deixa lugar a dúvidas… Mas o golpe de misericórdia está no nome atual do seu projeto “VAGAR” – após a necessidade de incutir-lhe uma reviravolta e torná-lo mais seu – e no lema que adotou “Com VAGAR se vai ao longe”…
Ninguém se atreve a dizer-se mais alentejano que… Mélanie Wolfram!!!
Vagar Walking Tours
Vagar no Facebook e no Linkedin
ERT: Entidade Regional de Turismo do Alentejo
ARPTA: Agência Regional de Promoção Turística do Alentejo
O tema do empreendedorismo em meios pequenos foi uma sugestão da nossa querida Margarida Pinto, que vive em Viana do Castelo e que, muito recentemente, resolveu abraçar um novo rumo profissional e aventurar-se como empreendedora.
Da partilha desta experiência com a Anita, a Margarida despertou-nos para os desafios que os meios mais pequenos apresentam, e que em conversa com a Mélanie foram ecoando, nomeadamente o ritmo mais lento, a desconfiança inicial, a resistência ao que é novo, e o menor número de oportunidades. Das cidades grandes sente-se a falta de contacto com “uma cidade a bulir, ideias a fervilhar…” e das vantagens do anonimato que “permite uma gestão do tempo, das escolhas, das ambições e frustrações, do próprio pensamento muito mais livre.”
Mas nem tudo é negativo, nos meios mais pequenos existem espaços que provavelmente uma cidade grande já há muito preencheu e onde há maior concorrência, e, ultrapassada a desconfiança inicial, há lugar a um inegável e valiosíssimo espírito de colaboração e entre-ajuda.
Aqui ficam alguns dos exemplos que a Margarida partilhou connosco, ao nível de casos de sucesso –
IvaVianaEscultura/ ou https://www.facebook.com/objectos.misturados/ – e da associação de pessoas – https://www.facebook.com/Inauguro/.
Se conhecerem mais exemplos que inspirem ou possam ser úteis, não hesitem em partilhar connosco e os nossos ouvintes.
E não se esqueçam:
A Anita regressa ao trabalho a cada duas semanas com um ponto de situação nos seus projetos…no entanto, como boas aspirantes à omnipresença, continuamos ligadas no anitanotrabalho.com, onde poderão conversar connosco através da secção Querida Anita, ou no Facebook.
Ou nas nossas plataformas profissionais:
Eli: nautilo.net | facebook | obvious | twitter
Billy: airdesignstudio.com | facebook | instagram
Créditos:
“Polygamie” de Gabriel Vigliensoni, através do Free Music Archive.
Adorei, super interessante!
Adorei a energia e entusiasmo da Melanie, super contagioso! E gostei muito do projecto dela, vou fixar o site para um passeio quando for a Portugal.
Uma questão em que fiquei a pensar e talvez seja uma dica para outras entrevistas (ainda n ouvi todas!) e’ a questão financeira nas primeiras fases dos projectos quando ainda n são renta’veis, ou mesmo como definir preços dos serviços. A Melanie falou de 2 anos acho ate’ a coisa pegar, e’ bastante tempo sem uma almofada financeira! Acredito que vivendo no interior se consiga reduzir bastante os encargos mas era interessante ouvir sobre essa questão, como e’ que uma pessoa lida com a ansiedade financeira e outras dicas (virar minimalista! :)). Lembro-me que falaram nisso nos primeiros episódios, mas era interessante debater com os convidados, mas la’ esta’ ainda n ouvi todos! Vou continuar! Beijinhos e obrigada por esta conversa interessante.
Obrigada pelo comentário e sugestão, Sara! No episódio desta semana essa mesma questão surge mas sem lhe darmos uma resposta definitiva. Procuraremos abordar nas próximas entrevistas para recolher algumas sugestões e procuraremos dar seguimento num dos próximos episódios.
Ah, e conta-nos quando te deixares guiar pela Melanie no seu Alentejo 😉
Não tem nada que ver com a entrevista – que adorei e achei super interessante – mas adoro o facto de a Ana ao soletrar a sua “alcunha” dizer “i grego”! 🙂
Estou a ficar viciada nos vossos podcast e os vossos 15 dias de intervalo mais parecem um mês (e ainda tenho uns quantos para ouvir)!!!
Boa continuação*