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No episódio de hoje, a Anita senta-se “à volta da fogueira”, embalada pelas palavras de gerações mais velhas, para “aprender coisas de sonho e de verdade”.
O stress constante, a conciliação entre vida profissional e vida pessoal, as intermináveis listas de “to-dos”, a pressão para sermos perfeitas (pressão interna e social) – a mulher perfeita, a mãe perfeita, a amiga perfeita, a profissional perfeita, etc etc etc… o nível de pressão tende a ser asfixiante e a Anita precisa ser relembrada que não tem de ser assim.
Inspirada pela campanha da Sanctuary – que partilha os conselhos de mulheres mais velhas, que falam do que realmente fica quando olham para trás e pensam nos momentos mais preciosos da sua vida – a Anita questiona a sua gestão de prioridades.
Uma conversa a 3, espontânea e insegura, à boa maneira da Anita e com a sabedoria de quem vive no futuro.
Neste episódio mencionamos:
Licença parental na Suécia
Direitos na maternidade e paternidade em Portugal
Direitos na maternidade e paternidade adoptiva em Portugal
PIB e OECD Better Life Index
Steve Jobs Stanford Commencement Speech
E não se esqueçam:
A Anita regressa ao trabalho a cada duas semanas, mais coisa menos coisa, com um ponto de situação nos seus projetos… no entanto, como boas aspirantes à omnipresença, continuamos ligadas no anitanotrabalho.com, onde poderão conversar connosco através da secção Querida Anita, ou no Facebook.
Ou nas nossas plataformas profissionais:
Eli: nautilo.net | facebook | obvious | twitter | Instagram
Billy: airdesignstudio.com | facebook | instagram
Constança Cabral: Blog | Instagram | Facebook
Créditos:
“Polygamie” de Gabriel Vigliensoni, através do Free Music Archive.
Outro episódio fantástico!
Gosto mesmo muito da vossa dinâmica a duas, mas ainda mais a 3!
Aiii que maravilha de episódio e tanto para comentar! Nestes episódios a 3 apetece mesmo meter a colher, dei por mim a falar em voz alta a responder-vos, ha ha ha. Estive a ouvir outra vez para comentar porque a primeira vez ouvi no autocarro.
Vou ser um bocado advogada do diabo quanto ao anuncio da Sanctuary (deve ser marca inglesa pq vejo bastante aqui em Londres). Isto de olhar para trás traz sempre nostalgia. Mesmo que eu passasse 24h com o meu filho (que não quero porque daria em louca e entrava no prozac) daqui a uns anos vou certamente ter saudades dele pequenino. Tenho sempre medo dos discursos que valorizam a família acima de tudo e que, apesar do pacote diferente, no fundo estão a replicar a mesma mensagem: a vida moderna não e’ para vocês, os filhos e’ que importam, bora abrandar e continuar a deixar os homens mandar nisto tudo.
Acho que e’ preciso alargar esta discussão aos homens. A aceleração da vida, do trabalho, a pressão da tecnologia dos dias de hoje não são problemas exclusivamente femininos, mas universais.
E estas pressões afectam muito os homens e talvez até mais porque, nós mulheres, “podemos” falar sobre isto como tudo e’ dificil e como conciliar casa e trabalho, agora os homens não têm esta comunidade, não têm esta voz. Tem que sempre mostrar que são fortes e aguentam tudo e só ver os filhos ao fim-de-semana é bom.
Têm que ser ambos os sexos a lutar por um equilíbrio porque a grande conquista do nosso século é a auto-realização (que se calhar é só outra ilusão) e todos têm direito a lutar por isso. E é verdade que mulheres que querem ser donas de casa sofrem uma pressão social de “só isso”?
E a pressão de ser a “mulher perfeita” é bem real mas é preciso criticar e ignorar! #letgo mesmo! Largar o perfeccionismo. Ja’ ouviram falar do Imposter Syndrome? Dava um episódio!
E definir que casa e filhos não são responsabilidades exclusivamente femininas e definir prioridades é o mais importante (e ai aquilo do “make your partner a real partner” e’ crucial e passa muito também pelas mulheres não criticarem quando os maridos vestem os miúdos ou dizerem “deixa, eu faço” – lá está #letgo! 🙂 como referiram).
Do meu ponto de vista há aqui uma questão maior e universal que e a redefinição do que é sucesso e o que é uma boa vida. Mas na actual sociedade capitalista, abrandar, passar tempo com família e a olhar para os passarinhos ainda é visto negativamente ou como um privilégio (que não tem nada que ser). E nem vou entrar pelos que nem podem ter estas considerações porque vivem no limiar na pobreza apesar de trabalharem…
E chega, desculpem outro lençol de comentário… Valha-nos estas conversas, valha-nos o vosso podcast a por dedos na ferida e sempre a discutir opções! Obrigada pela “food for thought”