Episódio #3 Temporada 2: A Anita e o mundo tecnológico

Episódio #3 Temporada 2

De vez em quando, a Anita deixa-se relaxar na sala de espera de uma qualquer empresa, instituição, consultório ou salão de beleza e começa a folhear as revistas da moda…é o caso hoje e a revista em causa dedica uma secção a um dos assuntos mais em voga: não, desta vez não é a coleção Primavera Verão 2017, mas sim, as mulheres no mundo tecnológico.

A sinopse, tal como o algodão, não engana: setor das tecnologias, um setor altamente atrativos e lucrativo (ou especulativo?), dominado por homens, com elevada disparidade em termos de % de mulheres no setor (cerca de 30% no total e menos ainda em funções técnicas – acerca de 17%), disparidade salarial e % de mulheres em cargos de direção (21%). Nada de novo até aqui, apenas um setor mais recente vs outros setores económicos, que coincide com uma área de formação/educação onde historicamente havia mais homens e, como tal, com mais disparidades iniciais.

O interessante surge pela pressão interna e externa a que está sujeito para se combater essas disparidades: iniciativas como a Women in Tech pela Web Summit, bolsas e incentivos monetários por parte das grandes corporações do mundo tech, incentivos ao nível de educação para atrair mais mulheres para estes campos de ensino, campanhas publicitárias e institucionais, etc…

Parece tudo tão excitante que a Anita colocou os óculos, vestiu-se de geek e resolveu ir espreitar.


Neste episódio mencionamos:
Post da Susan Fowler
Vídeo sobre crianças na escola a receber a visita de profissionais
Lean In, de Sheryl Sandberg (Livro | comunidade)
He for She
Referral Link da Billy para comprar bilhetes Women in Tech para a Web Summit 2017, em Lisboa: https://websummit.com/women-in-tech?kid=DRNWR

E não se esqueçam:
A Anita regressa ao trabalho a cada duas semanas, mais coisa menos coisa, com um ponto de situação nos seus projetos… no entanto, como boas aspirantes à omnipresença, continuamos ligadas no anitanotrabalho.com, onde poderão conversar connosco através da secção Querida Anita, ou no Facebook.

Ou nas nossas plataformas profissionais:
Eli: nautilo.net | facebook | obvious | twitter | Instagram
Billy: airdesignstudio.com | facebook | instagram

Créditos:
“Polygamie” de Gabriel Vigliensoni, através do Free Music Archive.

2 comments

  1. Naná says:

    A expressão é “a Oeste nada de novo”…

    Identifiquei-me muito com este tema. Os meus testes psicotécnicos indicavam que deveria ter ido para eng.ª mecânica. Optei pela via das ciências sociais, que não exerço. Se tivesse seguido a via da eng.ª provavelmente teria sido uma de 2 ou 3 mulheres na licenciatura.
    Mas o facto é que por força das circunstâncias acabei durante 8 anos a trabalhar num mundo de homens (construção civil) e pude testemunhar bastante bem a diferença de tratamento com base no género consoante o director de obra fosse homem ou mulher. E curiosamente isso notava-se mais nas pessoas com maior nível educacional a trabalhar na obra. Nunca me senti discriminada por ser mulher ou desrespeitada, até ao dia em que fui mãe e deixei de ter “a disponibilidade” que tinha até então. E quanto aos palavrões entre homens, nunca me chocaram nem incomodaram e isso fez bastante diferença na forma como os meus colegas me tratavam, fez com que me considerassem de igual para igual. E além disso, há muitas pessoas ordinárias sem nunca dizerem um palavrão…

    Quanto às questões de género, sendo eu uma mãe de dois rapazes, tenho algumas “duvidas existenciais” sobre se não lhes estarei a inculcar preconceitos relativos ao género. Apesar de o exemplo que têm em casa ser de partilha de tarefas quase a 100% (o meu marido só não engoma por clara incapacidade inata ahahahah) há aspectos que podem escapar-me, porque sempre acreditei que muitos homens são machistas e sexistas porque as próprias mães lho inculcaram, conscientemente ou não. Infelizmente o mesmo sucede com as mulheres, que também ser muito sexistas, por vezes.

    Em relação aos horários de trabalho, eu tive um chefe (que era bastante sexista!) que sempre me disse que a ele não lhe interessava se eu tinha entrado a horas ou atrasada e se saía mais cedo que os outros, o que ele lhe interessava era se eu tinha o meu trabalho feito. Se todos adoptássemos esta postura, o mundo do trabalho seria muito mais produtivo e competitivo!

    Agulhas de tricot ao poder!!!

    Mais um comentário de lençol…

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